Este é um pequeno trecho do livro que estou lançando. Você pode adquirir no site: //www.resgatelivros.com/libertos

Passaram-se uns 7 dias, eu estava ali na rua usando crack, como de costume. De repente, um cara surgiu e deu 4 tiros na cabeça do rapaz que estava ao meu lado. Vi aquele corpo estrebuchando e perdendo a vida. Fiquei muito assustado, mas ainda assim, continuei um pouco ali. Passados alguns minutos, dois jovens da rua vieram e colocaram aquele corpo num carrinho de mão, como se fosse um porco. Levando até o final da rua, despejaram aquele corpo lá, como se fosse um saco de lixo. Fiquei pensando que poderia ter sido eu…

Sai daquele lugar, apavorado, e fui à busca de uma caixa de papelão que eu costumava deixar perto de um banco na mesma Av. Gastão Vidigal, local onde tinha encontrado aqueles jovens dias antes. Cheguei lá, os funcionários da Prefeitura tinham feito uma limpeza e levado minha caixa de papelão. Chorei muito e gritava com Deus: “Por que nenhuma caixa de papelão me espera mais?!”.